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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Me dê Motivos

            
“Se eu não acreditasse na balança,            
na razão do equilíbrio, 
se eu não acreditasse no delírio, 
se eu não acreditasse na esperança 
e eu não acreditasse no que controlo.
Se eu não acreditasse no meu caminho, 
Se  eu não acreditasse no meu som
Se eu não acreditasse no meu silêncio. 
O que seria, o que seria a marreta sem a pedreira?”

(La Maza – Shakira e Mercedes Sousa)


Os maiores motivos que tenho para continuar acreditando
são simplesmente inerentes a mim por inteiro. 

Tão profundo, tão sagrado, talvez tão...
O que seria coração, o que seria?

Se não houvesse motivos de levantar todas às vezes 
que tropeço, de começar novamente tendo nas mãos 
apenas meu suor e minha força,
se olhar para o horizonte e não dissesse 
que o limite não é para mim,
que sentisse dor, encurvado sobre o peito 
ou prostrado no chão, sem leito.

Se houvesse apenas uma lágrima para molhar 
meus lábios e um sentimento para deixar tudo 
novamente e sair correndo em direção ao vento.

Cometer novas loucuras e sorrir como alguém que 
possui apenas o infinito de herança.

Se tal como fosse, deixasse apenas de acreditar um 
único instante no mundo e pudesse voar 
sem tirar os pés do chão.

Me dê motivos para saber que a sinceridade do mundo 
não machuca sem curar, 
que a verdade não prende sem libertar, 
e que faço diferença por existir e ser, 
não somente estar aqui.

Como eu seria para a vida, como seria a marreta sem a pedra!
        
(Patrik Roch)
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