“Se eu não acreditasse na balança,
na razão do equilíbrio,
se eu não acreditasse no delírio,
se eu não acreditasse na esperança
e eu não acreditasse no que controlo.
Se eu não acreditasse no meu caminho,
Se eu não acreditasse no meu som
Se eu não acreditasse no meu silêncio.
O que seria, o que seria a marreta sem a pedreira?”
(La Maza – Shakira e Mercedes Sousa)
Os maiores motivos que tenho para continuar acreditando
são simplesmente inerentes a mim por inteiro.
Tão profundo, tão sagrado, talvez tão...
O que seria coração, o que seria?
Se não houvesse motivos de levantar todas às vezes
que tropeço, de começar novamente tendo nas mãos
apenas meu suor e minha força,
se olhar para o horizonte e não dissesse
que o limite não é para mim,
que sentisse dor, encurvado sobre o peito
ou prostrado no chão, sem leito.
Se houvesse apenas uma lágrima para molhar
meus lábios e um sentimento para deixar tudo
novamente e sair correndo em direção ao vento.
Cometer novas loucuras e sorrir como alguém que
possui apenas o infinito de herança.
Se tal como fosse, deixasse apenas de acreditar um
único instante no mundo e pudesse voar
sem tirar os pés do chão.
Me dê motivos para saber que a sinceridade do mundo
não machuca sem curar,
que a verdade não prende sem libertar,
e que faço diferença por existir e ser,
não somente estar aqui.
Como eu seria para a vida, como seria a marreta sem a pedra!
(Patrik Roch)